Hamas no Egito para discutir nova proposta de trégua dos EUA em Gaza
- 22/06/2025
Segundo disseram à EFE fontes próximas das negociações, estes encontros estão a ser realizados na cidade turística de Sharm al-Sheikh, no sul da península do Sinai, devido às "atuais restrições de voo" e às tensões sobre os ataques cruzados entre Israel, os Estados Unidos e o Irão.
Os países mediadores - Egito, Qatar e Estados Unidos - convidaram Israel a participar nesta nova ronda de conversações, mas não obtiveram resposta do Governo de Israel, enquanto fontes disseram não esperar que uma reunião para negociar um acordo de cessar-fogo em Gaza se realize em breve devido à crise no Médio Oriente.
A delegação do Hamas chegou a Sharm al-Sheikh no sábado e, desde então, reuniu-se com "vários líderes de segurança egípcios", segundo os informadores, que não forneceram mais pormenores sobre o conteúdo das conversações ou os membros das equipas de negociação.
O Egito e o Qatar têm sido inflexíveis desde o início, afirmando que para acabar com a crise no Médio Oriente é necessário resolver a raiz do problema - a guerra na Faixa de Gaza -, pelo que insistem em regressar à mesa das negociações e chegar a uma cessação permanente das hostilidades que conduza a uma paz duradoura na região.
O novo plano apresentado por Bahbah é uma alteração ao proposto pelo enviado especial dos EUA para o Médio Oriente, Steve Witkoff, e inclui uma garantia "mais clara, embora não definitiva" para o fim da guerra no enclave palestiniano.
Desde o início das negociações entre Israel e o Hamas, o grupo palestiniano sempre deixou claro que não assinaria qualquer acordo que não incluísse as suas duas principais exigências: um cessar-fogo definitivo e a retirada total das tropas israelitas.
O Ministério da Saúde de Gaza, tutelado pelo grupo extremista Hamas, estima que o número de mortos na ofensiva israelita, que começou em outubro de 2023, superou as 55.600 vítimas mortais, com outras 129.880 pessoas a sofrerem ferimentos.
A estes números juntam-se os cerca de 11.000 desaparecidos, presumivelmente soterrados nos escombros, e mais alguns milhares que morreram de doenças, infeções e fome, de acordo com números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.
A guerra eclodiu em Gaza após um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
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